POR QUE DEUS FALA ATRAVÉS DAS VIDENTES DE GARABANDAL?

Entre 1961 e 1965, na pequena aldeia de San Sebastián de Garabandal, no norte da Espanha, quatro meninas de onze e doze anos de idade — Mari Loli Mazón, Jacinta González, Mari Cruz González e Conchita González — afirmaram ter recebido cerca de três mil aparições de São Miguel Arcanjo e da Santíssima Virgem Maria, sob a invocação de Nossa Senhora do Monte Carmelo. Esses acontecimentos se tornaram um dos fenômenos sobrenaturais mais impressionantes do século XX, atraindo milhares de pessoas e sendo registrados em fotografias e gravações de vídeo.

Durante os êxtases, as meninas apresentavam fenômenos extraordinários que intrigaram médicos e testemunhas. Não reagiam à dor quando eram submetidas a agulhadas ou queimaduras, seus corpos adquiriam um peso anormal, impossível de ser movido, e seus rostos permaneciam serenos mesmo quando recebiam fortes luzes nos olhos. Caíam de joelhos sobre pedras sem se ferirem e caminhavam em êxtase pelas ruas, sempre com os olhos fixos no alto. Também relataram comunhões milagrosas, visíveis ao público.

As mensagens deixadas pela Virgem Maria eram claras e sérias. A primeira, em 18 de outubro de 1961, pedia sacrifícios, penitência, visitas ao Santíssimo Sacramento e uma vida de bondade, advertindo que, se o mundo não se convertesse, viria um grande castigo. A segunda, em 18 de junho de 1965, foi mais severa: denunciava a perda de fé, a indiferença à Eucaristia e alertava que muitos Sacerdotes, Bispos e Cardeais estavam no caminho da perdição, arrastando almas consigo. A Virgem insistia na conversão, no arrependimento e na reparação, pois o cálice da ira Divina já transbordava.

As videntes também anunciaram três grandes acontecimentos futuros. O primeiro seria o Aviso, uma experiência mundial em que cada pessoa verá sua alma diante de Deus, reconhecendo seus pecados e méritos. Depois virá o Grande Milagre, em Garabandal, numa quinta-feira às 20h30, anunciado oito dias antes por Conchita. Nesse dia, enfermos serão curados, incrédulos acreditarão e um sinal permanente ficará visível nos pinheiros do local. Caso o mundo permaneça indiferente, virá então o Castigo, de dimensão jamais vista.

A Igreja Católica acompanhou de perto o fenômeno. Conchita foi chamada a Roma em 1966, onde foi interrogada pelo Cardeal Alfredo Ottaviani, Prefeito do Santo Ofício, e recebeu uma audiência privada com o Papa Paulo VI, que lhe disse: “Eu te abençoo, Conchita, e comigo te abençoa toda a Igreja.” Mais tarde, o próprio Papa declarou: “Garabandal é o acontecimento mais maravilhoso na humanidade depois do nascimento de Jesus. É como uma segunda vida da Santíssima Virgem nesta terra. É importantíssimo dar a conhecer estas mensagens ao mundo.” Em 1967, Conchita voltou a ser chamada a Roma pela Congregação para a Doutrina da Fé, já sob o Cardeal Franjo Seper, mas foi obrigada a manter silêncio sobre o conteúdo do encontro.

Outro elo importante na história foi o testemunho do Padre Pio de Pietrelcina, que confirmou a veracidade das aparições às meninas. A Virgem já havia prometido, em 1962, que esse Sacerdote participaria, de forma mística, do Grande Milagre de Garabandal.

Assim, a história das aparições de Garabandal permanece viva até hoje, com suas mensagens de conversão, penitência e centralidade da Eucaristia, que continuam a desafiar e a inspirar fiéis em todo o mundoV

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DIÁRIO DE SANTA FAUSTINA

“Se a alma não praticar a Misericórdia de um ou outro modo não alcançará a Minha Misericórdia no dia do juízo. Óh! Se as almas soubessem armazenar os Tesouros Eternos, não seriam julgadas, antecipando o Meu Julgamento com obras de Misericórdia” (Diário, 1317).

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