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Quando o jovem Antão recebe o chamado de Deus, larga tudo e vai encarar a solidão do deserto, como meditamos no artigo anterior. Aqui, entra num grande combate espiritual contra suas paixões e desejos; a luta do velho homem contra o novo, que busca somente a vontade de Deus.
A solidão se faz necessária, pois nos transforma! Sem solidão, permanecemos presos às coisas mundanas e continuamos nas ilusões do falso eu. O próprio Jesus viveu esse combate no deserto, como vemos em Mt 4, 1-11. Ela, a solidão, os Padres do deserto nos ensinam, é o lugar da grande luta e do grande encontro. Luta contra nossas paixões e desejos; encontro com Deus Pai que se oferece a nós gratuitamente.
Na solidão, no somente eu e Deus, é o lugar onde sou remodelado e liberto das falsas paixões do mundo. É o lugar da Salvação! Nos conta um apoftegma (histórias dos Padres do deserto), que certo ancião pediu a Deus para ver os Monges do deserto. Deus ouviu sua prece, e o ancião viu todos, menos Antão. Por isso perguntou: – “onde está o aba Antão? Ouviu como resposta que no lugar onde Deus está ali está Antão.
Portanto, podemos concluir que a solidão na vida de Antão lhe fez tão bem que ele se revestiu do homem novo, se fez deixar remodelar segundo a vontade de Deus Pai e sua recompensa foi o Paraiso, isto é: o estar ETERNAMENTE na Glória! Que possamos, a exemplo desse Santo e tantos outros Padres e Madres do deserto que viveram de maneira concreta a solidão, almejar tal Graça, buscando cada vez mais nossa intimidade com Deus Pai.
Por Padre Agostinho Maria, fmdj
Santa Teresa de Ávila
“Nada te perturbe, nada te espante. Tudo passa. Deus não muda. A paciência tudo alcança.”
DIÁRIO DE SANTA FAUSTINA
“Se a alma não praticar a Misericórdia de um ou outro modo não alcançará a Minha Misericórdia no dia do juízo. Óh! Se as almas soubessem armazenar os Tesouros Eternos, não seriam julgadas, antecipando o Meu Julgamento com obras de Misericórdia” (Diário, 1317).
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