A mística brasileira pouco conhecida que teve numerosos encontros com Nossa Senhora das Graças

Na cidade de Alagoas, no Brasil. No dia 15 de agosto de 1923, festa da Assunção de Nossa Senhora, nasceu uma menina. O seu nome, carinhosamente chamada, era Maria Milza Santos Fonseca. A lua estava mais brilhante do que o normal, um fato que foi comentado pelos pais. Talvez fosse uma confirmação da alma escolhida por Deus, que não confiaria uma missão a quem desde criança manifestava um amor incondicional pelos pobres e necessitados. Não foi fácil. Apesar de ser muito simples e humilde, os familiares contam que ela tirava coisas da dispensa de sua casa para dar aos famintos, e também fazia de tudo para conseguir remédios para os doentes. Essa foi a primeira manifestação de seu carisma: amando aqueles de quem ninguém se importava.

Mas, por volta dos 32 anos, começaram os fenômenos místicos. Teve uma locução interior em que ouviu uma voz que lhe dizia que, a partir daquele dia, poderia curar os cegos, os aleijados, e que poderia ver através da vida das pessoas, como muitos outros místicos. Com todos estes fenômenos místicos, Maria Milza não fazia ideia do que lhe estava a acontecer e, durante algum tempo, pensou que tinha enlouquecido. Assim começaram os milagres na região: os paralíticos andavam, os cegos começavam a ver depois que Milza tinha os tocava. O lhe deu fama de Santa espalhada por toda a região.

Muitas pessoas queriam atribuir-lhe Santa, mas esta mulher humilde olhava para si própria como um mero nada e dizia que tudo era obra de Nossa Senhora das Graças. Cada vez que um milagre acontecia por sua intercessão, Maria Milza gritava: “Viva a felicidade, viva Nossa Senhora das Graças!”. Ela sempre evitou entrevistas e dispensou os jornalistas curiosos que iam à cidade para escrever matérias sobre ela.

Ora, um dos mais notáveis prodígios ocorridos na região foi o do curador de Thor, ou senhor Clóvis, que ficou paralítico aos cinco anos de idade devido a uma injeção, o que o levou a andar engatinhar com mãos e pernas no chão até os quinze anos. Sabendo dos milagres que tinham acontecido na cidade de Alagoas, os amigos de Thor  levaram ele até lá. Ao chegar, Maria Milza caminhou em direção a ele, que no mesmo instante começou a tremer e, inesperadamente, começou a andar normalmente no meio da multidão, que louvava e bendizia a Deus pela cura de seu irmão.

Quando as curas aconteciam, as pessoas queriam dar-lhe presentes como forma de agradecimento, mas ela recusava sempre as ofertas e, se as recebia, dava-as aos pobres. Também costumavam oferecer-lhe roupas, mas Milza optava por uma atitude mais humilde. Era sempre vista com um vestido branco, sem tirar o véu branco da cabeça, usando também sapatos brancos simples, com uma medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças sempre ao pescoço e um terço sempre à mão.

Maria Milza tinha visões de Nossa Senhora e também recebia mensagens da Virgem, que depois transmitia ao povo. As mensagens eram sempre de fé, amor e consolação, provando o apoio maternal que Maria Santíssima nos dá, mesmo no meio das maiores turbulências da vida. As palavras de Milza eram simples e levavam os ensinamentos básicos da fé ao povo mais sofrido: a obediência, a oração do Santo Rosário, o amor à Nossa Senhora, a adoração a Jesus no Santíssimo Sacramento. Tudo isso era ensinado por ela às grandes multidões que se reuniam em volta da sua casa.

Em relação ao Clero, Maria Milza tinha um dom muito especial: a capacidade de reconhecer Padres e Freiras no meio de grandes multidões, mesmo que não estivessem com seus hábitos religiosos. E quando era um Padre, ajoelhava-se e pedia para se confessar. Este é outro ponto da espiritualidade de Milza. Ela dizia sempre que os cristãos deviam obedecer a Deus e à Igreja. Numa altura que muitos caem no infeliz erro de fazer ataques pessoais aos Padres, Milza tinha incutido no coração que um Padre é em pessoa  Jesus Cristo. Ela estava consciente de que, por muito viu e pecaminoso que um Padre possa ser, continua a ter as mãos ungidas para trazer Jesus até nós, tal como a Virgem Maria.

Em vida, ela também teve um encontro com a atual Santa Dulce, a primeira Santa brasileira, durante uma viagem a Salvador. Conta-se que Santa Dulce já estava com a saúde debilitada e que estava preocupada com quem assumiria suas obras sociais. Maria Milza disse à Dulce que não se preocupasse, pois alguém próximo a ela tomaria conta das obras — e a profecia se cumpriu após a morte de Santa Dulce: Maria Rita Pontes assumiu a administração das obras sociais.

A vida de Maria Milza pode ser resumida em poucas palavras: fé, devoção viva à Nossa Senhora, simplicidade, humildade, amor aos pobres necessitados e sofredores. Ela tinha um coração caloroso e amoroso para com todos. Viveu na pobreza, sem nunca usar em proveito próprio os dons que tinha. São inúmeros os fatos milagrosos narrados sobre esta mulher que, com a sua humildade, ajudava sempre os fracos e os pequenos e lhes ensinava o amor de Jesus e de Maria.

Muito amada por todos, chegou o momento em que ela soube que morreria antes da festa de Nossa Senhora das Graças, no dia 27 de novembro de 1993 — festa que continua até hoje. Ela estava triste naquele dia, mas disse ao povo que, no próximo ano, seriam eles que fariam a festa. Muitos nem queriam pensar na possibilidade dela  partir, mas, ao que parece, o próprio Deus lhe tinha revelado, pois ela comentou que se tinha visto numa cama de hospital com fios coloridos presos ao pescoço.

Ora, foi em 1993 que Maria Milza teve uma visão de Nossa Senhora. 

Agora o que Nossa Senhora lhe pediu? Segundo Milza, Nossa Senhora pediu a todos que rezassem pelos infiéis, aqueles que estão em falsas doutrinas, como nossos irmãos protestantes. Infelizmente, o Brasil estava passando por muitos sincretismos religiosos — católicos misturando catolicismo com espiritismo — e sim nossos irmaos protestantes, para que viessem para a única e verdadeira Igreja, pois ainda são filhos de Deus.

Dias depois, sofreu um AVC e foi hospitalizada em coma. Uma enfermeira conta que, mesmo nesse estado, ela se sentou na cama, com as mãos unidas, como se estivesse a rezar. A sua partida para aquele a quem amava e servia foi em 17 de dezembro de 1993.

Maria Milza, interceda por nós.

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DIÁRIO DE SANTA FAUSTINA

“Se a alma não praticar a Misericórdia de um ou outro modo não alcançará a Minha Misericórdia no dia do juízo. Óh! Se as almas soubessem armazenar os Tesouros Eternos, não seriam julgadas, antecipando o Meu Julgamento com obras de Misericórdia” (Diário, 1317).

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